Portugal e Espanha - Parte 1
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- Categoria: Guias de viagens para fotógrafos
- Publicado: Sexta, 02 Março 2018 11:57
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Lisboa, Sevilha e Granada: Dicas de um fotógrafo (fevereiro de 2018)
Depois de ler este artigo você pode ler as continuações:Lisboa das 7 colinas - Portugal e Espanha - Parte 2
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01. Sobre a preparação, voo, carro, estradas e hospedagem
Lisboa, uma das primeiras fotos que fiz ao chegar (fev/2018)
Em geral: viajamos 21 dias, conhecemo 4 cidades e ficamos em 5 hospedagens. Para viajar na Europa alugamos carro, mas nas cidades é melhor andar a pé ou de transporte público. Nosso objetivo era tentar sentir um pouco como é viver nesses locais, não tanto como turista, mas como se estivéssemos morando.
Vou contar um pouco de como foi nossa viagem (eu e minha esposa Clelma) pelo sul da península ibérica, Lisboa, Sevilha e Granada, dando algumas dicas principalmente para quem pratica a fotografia de rua, e para casais. Lembro que não fiz necessariamente o melhor roteiro e não aconselho que alguém faça igualzinho, cada um deve fazer sua própria viagem, afinal são tantas as opções de hospedagem, alimentação, passeios, mas conto aqui como foi a nossa e talvez essas dicas te ajudem.
Preparação:
Como você deve estar fazendo, primeiro estudei por alto para escolher as cidades, dois interesses me guiaram, a história (sou apaixonado) e a fotografia de rua, além claro de lugares gostosos para casal. Teve também meu hobby de estudar a história e os sabores do alfajor, doce de origem árabe, que passou pela Espanha e chegou à América. Depois de escolhidas as cidades busquei dicas na web, textos, videos, estudei a história das cidades, reforcei as aulas de espanhol, e fiz roteiros para passeios de cada dia, com mapas, endereços, preços, lugares para comer, fiz roteiros bem completos, gastei um tempinho, mas foi bom, de modo geral segui os roteiros, em alguns dias fiz coisas a mais ou a menos ou troquei os dias, mas foi muito bom pois há tantas coisas para fazer que ficamos perdidos às vezes.
Lisboa turística (fev/2018)
Importante, estude bem o que vai comer, às vezes os nomes dos alimentos são diferentes, então é bom treinar um vocabulário básico. Um dos nossos objetivos era experimentar alguns doces famosos, e essa foi uma boa aventura que vou contar em outro artigo.
Passagem aérea:
Viajamos pela TAP Air Portugal ( https://www.flytap.com ), não é mais barata, mas vai direto, sem escalas, o que é bom pois mesmo assim a viagem é cansativa, mais de 9h de voo. Foi tudo bem com a TAP, não é um luxo, mas não tivemos problemas, e achei até as refeições boas. Fomos em voo noturno e voltamos de dia, o que eu prefiro, pois no noturno dormi muito pouco.
É essencial, para um casal, ficar no corredor da janela (o avião tem assentos no formato 2 4 2) pois no meio é muito apertado. No checkin, 36h antes do voo, a TAP cobra a mais se quiser janela, mas no aeroporto, 3h antes do voo, eles deixam trocar sem custo, se tiver disponibilidade.
Carro e estradas:
Escolhemos viajar de carro dentro da península, pois seria cansativo de ônibus e trem com as malas, e o aluguel é muito barato na Europa, mas se você for com pouca bagagem, vale a pena cogitar ir de transporte público. Alugamos pela Keddy, que é a marca mais barata da Europcar (https://www.rentalcars.com/es/brand/keddy-by-europcar/ ) e correu tudo bem, ficamos com o carro por 16 dias e saiu por uns R$550, reservei o mais simples, precisava de carro pequeno mesmo (ruas estreitas, garagens apertadas...).
Portugal, cidade e interior (fev/2018)Me deram um FIAT 500 completinho muito lindo. Tudo era Europcar na verdade, mas mais barato, foi muito bom. O 500 anda o suficiente, para duas pessoas é até espaçoso colocando os bancos bem pra trás. A nossa mala grande encheu o porta malas, e o resto foi no banco de trás.
A gasolina lá é mais cara que no Brasil, uns R$5 ou mais, fica mais caro que o carro, então é importante um veículo econômico mesmo. Ah, a carteira de habilitação brasileira vale para turistas, mas só precisei mostrar na locadora.
Nas estrada foi ótimo, na maioria com ótimo asfalto. Como os pedágios em Portugal me pareceram complicados, alguns não tem como pagar, uma câmera registra sua placa e depois você tem que pagar não sei como, além de serem um pouco caros, configurei o navegador para evitar pedágios. Não peguei o GPS da locadora, por muito menos comprei um chip de internet, 5gb da Vodafone por 20 euros, e usei o Waze como navegador. Resultado, fomos por estradas lindas, vendo vilas, castelos, um show, só que a velocidade máxima era de 90km/h (nas auto estradas pedagiadas é de 120) e a cada cidadezinha tinha que reduzir, mas foi uma delícia, e não tínhamos pressa.
Estrada loca em Portugal, oportunidade de evitar pedágio e conhecer belos lugares (fev/2018)As placas de sinalização são um pouco diferentes na Europa, vale a pena dar uma estudada antes. O pessoal lá corre um pouco, geralmente andam acima da máxima, mas menos que aqui, só tome cuidado por que tem radares.
Placas de trânsito em Lisboa (fev/2018)
Hospedagem:
Vista da nossa hospedagem em Medina Sidonia, Espanha (fev/2018)Fiquei sempre em apartamentos alugados via AIRBNB (https://www.airbnb.com.br/), achei que ficavam mais baratos que hotéis, mesmo os mais simples, eram bem localizados e podíamos cozinhar, afinal comer na rua 2x ao dia ficaria bem caro, além disso eu e Clelma gostamos de um arrozinho branco, e na Espanha é muito difícil achar. É muito importante escolher bem a hospedagem, determina quanto você vai andar todo dia, como você vai dormir, e como vai estar disposto no dia seguinte. Como estávamos de carro o lugar precisava ter garagem, o que diminui muito as opções pois são cidades com dificuldade de espaço. A dica é, ao escolher no AIRBNB, ler todas as opiniões de quem já se hospedou.
Bom, essa primeira parte é isso, algumas dicas básicas para quem quiser fazer essa viagem. Nas próximas dicas falarei de cada cidade, o que fazer, comer, e principalmente o que fotografar.
Até breve!
Para ver mais fotos:
Todas as fotos: PT e ES 2018
Sobre o autor: Yuri BittarYuri Bittar é designer, fotógrafo e historiador. Atua como designer gráfico, e desenvolve cursos de fotografia, exposições e as saídas Fotocultura, além de pesquisas sobre humanização no ensino da saúde. Através da história oral, da fotografia, da literatura e outros recursos, tem buscado criar projetos mais próximos ao humano e que contribuam para a melhora da qualidade de vida. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Site: http://www.yuribittar.com
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